O tenentismo revisitado 100 anos depois: um estudo da trajetória política de suas lideranças
Resumo
Em todas as revoltas, conspirações e golpes no Brasil republicano, realizadas entre os anos de 1922 e 1964, houve a participação dos jovens tenentes rebeldes da década de 1920. A ação política desse grupo foi decisiva para os rumos que a história tomou. Esse trabalho pretende revisitar a trajetória política dos seguintes tenentes: Eduardo Gomes, Siqueira Campos, Miguel Costa, Luiz Carlos Prestes, João Alberto Lins de Barros, Djalma Dutra Soares, Isidoro Dias Lopes, Juarez Távora e Oswaldo Cordeiro de Farias. Eles ganharam notoriedade no decorrer do século XX, participando dos principais movimentos e rumos que a política tomou. Sabe-se que o Exército é uma das instituições mais poderosas e influentes da república, desde a sua proclamação, ocorrida em 1889. No entanto, a novidade que o movimento tenentista trazia dentro das Forças Armadas era o alto grau de contestação e ação de jovens tenentes, que ocupavam baixas posições na hierarquia militar. Verificaremos quais foram os principais alinhamentos ideológicos e políticos desses agentes, visualizando as diferentes correntes de atuação recorrentes nas Forças Armadas, paralelamente à ideia de “soldado cidadão”, que reforçava a presença de militares na política.